Várias pessoas levam a vida simplesmente aceitando o que aparece na frente delas. Se pensarmos nisso como uma história, quer dizer que essas pessoas olham para aquilo que está na frente delas e reagem ao que está na frente delas.
Embora não há nada de errado nisso, existe uma possibilidade de que essas pessoas não consigam bem o que elas querem, seja porque elas não sabem bem o que elas querem ou porque elas não agem na direção que desejam tomar.
Se quisermos de fato escrever a história da nossa vida da forma como queremos, precisamos ter em mente um plano que nos guie nesta direção. Claro que este plano não pode ser muito rígido, pois é fácil aprender que a vida nunca segue exatamente o caminho que queremos, então o que precisamos mesmo neste caso é um guia que nos dê um norte para quais decisōes tomar para chegarmos mais perto da nossa vida ideal.
Um guia para este propósito é o plano de desenvolvimento individual (PDI para os íntimos), que cada um pode escrever para ajudar a decidir qual rumo tomar na vida. Aqui, vamos abordar a estrutura do PDI; como podemos escrevê-lo; e levar em conta algumas abordagens para torná-lo mais efetivo na nossa vida.
Os passos gerais para escrever o PDI são os seguintes:
- Definir objetivos
- Priorizar
- Definir uma deadline
- Entender os pontos fortes
- Reconhecer oportunidades e ameaças
- Desenvolver as habilidades necessárias
- Engajar
- Buscar apoio
- Acompanhar o progresso
Esta lista pode parecer longa, mas todos os passos tem um propósito que, se prestarmos bem atenção, contam uma história para ajudar a guiar o caminho até os sonhos.
Naturalmente, nenhuma história será bonita e bem definida assim: temos que levar esses passos muito mais como recomendaçōes do que como realmente a trilha a ser seguida. Com certeza será necessário rever os planos que fizemos e reavaliar as nossas decisōes ao longo da nossa trajetória, o que quer dizer que uma hora teremos que voltar para uma etapa anterior e repensar o que que queremos dali para frente.
Dito isso, vamos dar uma olhada com mais cuidado para cada um destes passos.
Começaremos escrevendo entre 5 e 10 objetivos que queremos alcançar. Por exemplo:
- Virar um astronauta
- Viajar para Tóquio
- Manter um corpo saudável
- Publicar um livro de receitas
- ...
O próximo passo é olhar para os nossos objetivos e definir quais deles deverão ser o nosso foco. Todos os objetivos na nossa lista são importantes, mas deve ter um ou dois deles que são mais importantes que os outros. Talvez, tenha um que, se conseguirmos alcançar, todos os outros estejam inclusos, ou se tornem tão mais fáceis que vamos querer reavaliar a lista e pensar em objetivos mais distantes ainda. Talvez, tenha um que, quando olhamos para ele, o coração bate mais forte.
Seja lá como for o processo para percebê-lo, precisamos definir um objetivo para ser o nosso foco e é nele que vamos gastar a maior parte da nossa energia.
Por exemplo:
O meu foco é publicar um livro de receitas.
Agora que temos um foco para trabalhar, precisamos tornar este foco um pouco mais paupável. Existem várias açōes para ser tomadas aqui, porém a mais importante deve ser definir uma deadline, uma data que, quando chegar, queremos com certeza que este sonho seja realidade.
Isto é importante dar uma sensação de urgência: se não tivermos um ponto para prestar atenção, podemos deixar este objetivo se arrastar para sempre e aí perdemos o propósito de fazer um PDI em primeiro lugar.
Por exemplo:
Eu quero ter o meu livro publicado daqui 3 anos no máximo.
Agora que temos um objetivo e sabemos até quando trabalhar nele, precisamos pensar em como chegar nele. Algo importante a se identificar é que nenhum de nós estamos saindo do vácuo: com certeza já passamos por muita coisa e precisamos levar tudo isso em consideração. Entender quais são os nosso pontos fortes vai nos ajudar a entender onde estamos nesta rota e qual é a primeira ação que precisamos tomar para seguir adiante.
Já temos determinadas forças e influências ao nosso redor. Quais são elas? Como podemos utilizá-las da melhor forma para podermos atingir o nosso foco? Uma vez que entedemos quais são os nossos pontos fortes, quais deles podemos usar para este nosso foco em específico? São estes pontos fortes que teremos que exercitar e tirar o maior proveito possível.
Por exemplo:
- Eu já sei cozinhar bem, o que quer dizer que eu já devo saber a maioria das receitas que vão parar no meu livro;
- Eu já conheço pessoas que gostam do que eu cozinho, então posso contar com elas para me ajudar a publicar o livro;
Sabendo qual é o nosso foco e o que já temos em mãos para lidar com ele, precisamos identificar o que nos falta em termos de habilidades para poder chegar lá. Isto quer dizer que:
- Não temos ainda as habilidades ou as qualificaçōes necessárias para poder atingir o nosso principal objetivo;
- Temos alguma mania ou alguma atitude que não está contribuindo nem um pouco para a nossa vida;
Escrever listas de atitudes para começar e de atitudes para parar é uma boa forma de identificar quais as oportunidades e ameaças ao seu redor e, assim, tomar decisōes melhores.
Por exemplo:
- Oportunidades que eu preciso:
- Conhecer pessoas no meio da publicação de livros;
- Aprender mais sobre design de livros e fotografia para tornar meu trabalho mais interessante;
- Começar um blog para criar a atenção que preciso para publicar o livro;
- Ameaças que devem ser diminuídas:
- Procrastinação;
- Vergonha de me comunicar em público;
Assim que identificamos as oportunidades e ameaças, será fácil ver que existe um ponto cego na nossa vida, que tem algo que não compreendemos muito bem e que precisamos esclarecer para poder continuar rumo ao nosso foco. Em outras palavras, precisamos aprender as habilidades necessárias para poder alcançar os nossos objetivos.
Neste caso, devemos olhar para as listas que escrevemos no passo anterior e ver onde estāo as coisas que realmente faltam para começarmos a agir.
Por exemplo:
- Estudar sobre design de livros;
- Fazer um curso de fotografia;
- Estudar marketing digital;
Depois de escrever isso tudo, só falta uma coisa: agir! Bem, este é de fato o passo mais difícil, mas agora que entendemos onde estamos e aonde queremos chegar, basta começar a caminhada.
Vamos olhar para os nossos pontos fortes e ver o que já podemos fazer agora para atingir o nosso objetivo. Vamos olhar para as oportunidades e ameaças ao nosso redor e aprender as habilidades requereidas para chegarmos longe.
Por exemplo:
- Se meu foco é publicar um livro de receitas, as primeiras açōes que eu posso
tomar agora sāo:
- Escrever uma receita nova por semana;
- Inscrever-me em um curso de marketing digital;
- Começar o meu blog de receitas;
Logo de cara, já podemos começar a buscar ajuda de outras pessoas também. É fácil ver que tudo que fazemos vem de outras pessoas e vai impactar outras pessoas, entāo nāo podemos medo ou orgulho de procurar as pessoas certas, que vāo nos ajudar a atingir aquilo que queremos. A ideia principal é que devemos fazer parte do círculo social que vai nos ajudar a nos tornarmos a pessoaa que queremos ser.
Sabendo onde estamos e aonde queremos ir, é essencial que identifiquemos também métricas que possam nos ajudar a saber o quāo perto estamos. Várias pessoas desistem dos seus sonhos porque elas nāo conseguem enxergar valor naquilo que fizeram. Perceber o quāo longe você já foi depois de todo o seu esforço vai se tornar uma das forças que vai nos propulsionar a continuar seguindo em frente, ou a rever os nossos planos e atitudes se nāo estamos indo tāo bem quando queríamos.
Identificar essas métricas e medí-las ao longo do tempo até o dia da deadline chegar vai nos ajudar a manter o pé no chāo e a construir planos mais efetivos, aumentando a nossa confiança e a probabilidade de que nossos planos darāo certo.
Por exemplo:
- Se o meu objetivo é publicar um livro daqui 3 anos, eu preciso ter:
- Pelo menos 200 receitas escritas;
- Pelo menos 100 novos seguidores nas redes sociais por mês até lá;
- Ter conhecido 3 contatos na indústria de publicaçāo de livros;